sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

Mentiras - a antiga, nova presidente



A principal característica do discurso de dilma foi a mentira e o tédio. Só. Nada, nenhuma característica outra.. Aliás essa planura indistinta foi uma marca da cerimônia de posse. Nada de especial. Subtraída a mentira, nada mais há que chame a atenção. Pequena exceção ao mau gosto no vestir das participantes; mas como isso não chega a ser incomum em cerimônias públicas... E olhando por esse aspecto, lembro que também a mentira não é incomum nessas oportunidades, contudo, neste caso, o que chamou a atenção foi precisamente a quantidade. O exagero.

De quantas frases dilma tenha dito, todas foram desgovernadamente mentirosas ou continham alguma mentira. Ou ainda não passavam de desejos, de promessas, a eternizar a campanha eleitoral com grandes possibilidades de concretizarem-se em mentiras, num futuro próximo. Havia até mesmo uma promessa que já configurava mentira devido ao passado bem próximo...

Esta: "Vamos mais uma vez desconstruir a falsa tese de um conflito entre estabilidade econômica
e crescimento dos ganhos sociais".  Dentre todas as mentiras essa chega a nos forçar a buscar confirmação de que o que se ouviu corresponde de fato ao que fora dito.  Como ela poderia dizer
aquilo quando, há três dias, seu governo encaminhara medidas alterando e cortando benefícios sociais com o objetivo de economizar 18 bilhões/ano, uma forma de garantir 25% do superávit prometido pelo futuro(?) ministro da Fazenda?

Foram 43 minutos de frases mentirosas, ar inexpressivo (thank god) e falta de vergonha. Parece finalmente convencida de que pode dizer qualquer coisa, independentemente de consequências... Não por excesso de confiança, mas como se já estivesse tão ruim que não pudesse ficar pior (Tem idade suficiente pra saber que isso não existe). Não tentou usar o ufanismo.. Pareceu determinada unicamente a fazer o que tinha que fazer e ver-se livre o mais rápido possível. Via-se que não estava ali.

E agora? Não sei. Uma coisa conseguiu: estar desorientada o bastante pra desorientar a quem a ouvisse (a mim, pelo menos). Só consigo pensar sobre o futuro imediato e sei que Maduro foi a primeira autoridade estrangeira a ser recebida hoje, day after da posse, enquanto outras autoridades ficavam aguardando.

A pista que isso dá é de que haverá manutenção nessa tentativa estapafúrdia de manter sempre as melhores relações com os países que menos tenham a oferecer. E no caso da Venezuela pior ainda pois não se trata nem de o que o país tem ou não, mas de receber com o privilégio da primeira posição, ao líder de um regime autoritário, e considerado esse líder, completamente estapafúrdio, idiota e burro, além de mal intencionado, por quantos o conheçam no mundo. Essa é a nova, antiga, presidente.

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